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21 mudanças para as famílias viajarem mais pelo Brasil #queremosviajarpeloBrasil

Quem nos acompanha há mais tempo sabe que, de tempos em tempos, rolam algumas blogagens coletivas por aqui - quando vários blogs amigos escrevem sobre o mesmo tema. 

Para saber tudo sobre todas as blogagens coletivas que o pessoal do grupo do Facebook "Viagens em Família" já organizou, leia aqui no nosso Blogroll, onde está tudo organizadinho e explicadinho!

Desta vez, por sugestão da nossa amiga Adriana Pasello, do blog Diário de Viagem, o tema para os posts deste domingo, que devem pegar fogo, são as mudanças que precisam acontecer para as famílias viajarem mais pelo Brasil. :P :P :P

Nas redes sociais, procure pela hashtag #queremosviajarpeloBrasil.

Na verdade, esse tema decorreu de muitas conversas no grupo, em que sempre comentávamos a nossa insatisfação generalizada com os rumos que a vida vai tomando no Brasil.


Claro que o assunto sempre é voltado às constatações decorrentes das nossas viagens, mas é inegável que a insatisfação com o turismo no Brasil é, em um nível maior, a mesma insatisfação que temos com a vida no país em geral. 

Os problemas de transporte, saúde, segurança, educação, corrupção que o turista enfrenta no Brasil são exatamente os mesmos problemas enfrentados pela população brasileira, o que não deixa de ser óbvio. 

Ocorre que, sempre que voltamos de uma viagem ao exterior, o nosso complexo de vira-lata volta exacerbado :-( 

Vocês que nos acompanham sabem que passamos um mês nos Estados Unidos no final do ano - foi uma viagem perfeita em todos os sentidos, que só fez aguçar o nosso sentimento de que as coisas vão mal por aqui, muito mal! 

Quando chegamos, escrevemos este post, sobre a nossa experiência no trânsito nos EUA, que dava os primeiros indícios da nossa insatisfação com o nosso país, aqui, lembra?


E não se trata de glorificar os Estados Unidos, nada disso, que eu sei que eles também têm lá os seus (muitos) problemas, mas o que dizer da Nova Zelândia?

Porque a NZ, um micro país, um país jovem, consegue ser tão maravilhoso, enquanto o Brasil parece que só anda para trás? Sobre as maravilhas da Nova Zelândia, leia aqui

E, indo além, para que já não comecem a leitura me acusando de endeusar outros países ricos, de primeiro mundo - não há necessidade de que o país seja rico para ter uma boa infraestrutura para o turismo e atrair viajantes do mundo inteiro, como prova a Ásia inteira! Para ler mais sobre as vantagens de se viajar pelo continente asiático, veja aqui

Hoje, o que mais se escuta quando conversamos com pessoas que viajam bastante, é uma vontade desesperada de ir embora, de se tocar daqui. É todo mundo contando os dias para se aposentar e ir embora. Ninguém vê futuro no Brasil :-(

Claro que um pouco disso é ilusão, pois a vida também não é fácil lá fora, isso é certo - mas que as coisas precisam começar a melhorar por aqui, disso também não tenho dúvidas. 

Havia um fio de esperança de que, com a Copa do Mundo e as Olimpíadas, as coisas poderiam andar para a frente: melhorias nos trasportes coletivos urbanos foram prometidas, obras faraônicas em aeroportos orçadas, hotéis e restaurantes fariam grandes reformas para se preparar para os grandes eventos esportivos mundiais. Contudo, a 2 meses do início da Copa do Mundo, só o que se vê é um tremendo descontentamento com o rumo que o evento tomou :-(

Mas esse post obviamente não pretende esgotar o assunto e nem poderíamos, em poucas linhas, tentar entender porque as coisas não melhoram por aqui, fenômeno sociológico que eu não tenho nem a pretensão de entender, muito menos de explicar - o que queremos, nos itens a seguir, é fazer apenas algumas pequenas sugestões de mudanças que precisam ocorrer no Brasil para que as famílias não pensem em fugir daqui quando chegam as sagradas férias!

E mais: para que o Brasil possa atrair mais famílias gringas interessadas em viajar por aqui! 

 na Ásia, um ATM em cada esquina, e no Brasil?

caixinhas de leite pequenas, que se encontra facilmente na Colômbia ou na Tailândia (foto) - eu nunca vi no Brasil

1) começando pelo básico: mimos para o turista - 

* no Uruguai, durante vários verões, o governo dava gasolina (algo em torno de R$ 50,00) para o turista, bastando que este apresentasse o seguro carta verde numa rede credenciada para receber o voucher

* na Nova Zelândia, você chega e já recebe, de forma gratuita, um chip para colocar no seu celular - é só seguir ligando, já que a maioria dos números de interesse para os turistas são 0800

* no Panamá, é o governo local quem lhe fornece o seguro de saúde - todo o turista que chega ao país tem direito ao seguro saúde gratuito subsidiado pelo governo

Vejam, eu falei da Nova Zelândia (vou falar muito dela por aqui, porque esse país é um exemplo pra tudo!), mas também citei exemplos de mimos oferecidos ao turista no nosso vizinho terceiro mundista Uruguai e num país pobre da América Central, o Panamá, que renasceu para o turismo há alguns anos, depois de pesados investimentos do governo na área. 


2) estradas e educação no trânsito - 

Essa é uma tecla que eu não me canso de bater: viajamos por grande parte dos Estados Unidos e pela Nova Zelândia inteira, as estradas são um carpete, e nunca pagamos 1 mísero dólar de pedágio. Como eles conseguem? Porque a gente paga os mesmos impostos assombrosos, + pedágios abusivos, e as nossas estradas são a buraqueira mal sinalizada que são?

Mas não é só a questão das péssimas condições das nossas rodovias - mais do que isso, tem o problema crônico da falta de educação do motorista brasileiro que, sabendo que a fiscalização de trânsito é pífia e as punições raras, não se comporta como se comportaria se estivesse no trânsito norte-americano. 

Na Nova Zelândia (ela de novo!), as pessoas não estacionam em lugar proibido nem que seja para levar o filho ao hospital e, se o fazem, como presenciamos, são logo guinchados, sem arrego. Resultado: as regras são respeitadas

Na Austrália, presenciamos um congestionamento de Ferraris e Lamborghinis, e nenhuma delas excedia o limite máximo de velocidade permitido na via. 

E, por último, por incrível que possa parecer, ainda temos o problema do pedestre brasileiro, que atravessa a rua em qualquer lugar, esquecendo que existe uma faixa de pedestres para ele cruzar, não espera o sinal abrir...

Para não me repetir, remeto o leitor aos textos que já escrevemos sobre esses temas, aqui e aqui




3) falta de infraestrutura para camping/motorhome - 

Eu sei que este é um problema bem específico, mas optei por incluir aqui porque, em primeiro lugar, é um tipo de viagem barata, que agradaria em cheio ao brasileiro e, em segundo lugar, porque muita gente me pergunta isso, quando lê os nossos posts sobre viagens de motorhome mundo afora (aqui), o que demonstra o interesse do brasileiro nesse tipo de viagem

Não seria muito bom se pudéssemos viajar de motorhome pelo Brasil? E porque é tão raro vermos um motorhome circulando nas estradas brasileiras??? Você vai me dizer "ah, mas a gente até vê...", e eu garanto: aqui não há nada nem parecido com o que se vê na Europa, EUA, Canadá, Austrália ou Nova Zelândia, em que, a cada 100Km, a gente passa por incontáveis motorhomes zunindo pelas estradas. 

Porquê? Porque no Brasil não existe infraestrutura de campings ou de estacionamentos para motorhomes e, pior que isso, não existe SEGURANÇA para viajar assim, enquanto que, nos EUA ou NZ, dava até preguiça de trancar o motorhome...


4) falta de hospitalidade e simpatia - 

O brasileiro se acha muito simpático e hospitaleiro. 

Eu não sei de onde vem essa auto-estima, pois eu nos acho muito pouco hospitaleiros. Viajamos pelo Brasil e, onde quer que a gente chegue, as pessoas estão de cara feia - com cara de quem comeu e não gostou, e, pior que isso, são totalmente displicentes no atendimento ao hóspede/cliente. 

Claro que não tem como fazer cara bonita e sorrir para o turista recebendo um salário de fome e com péssimas condições de trabalho, mas as coisas precisam melhorar muito nessa área se não quisermos que os brasileiros fujam para o aeroporto internacional ao menor sinal de um feriadão!

Penso que, além dos salários, um fator que influencia muito o atendimento porco que a gente recebe em restaurantes, hotéis, táxis e outros serviços no Brasil é o despreparo, a falta de treinamento

A maioria das pessoas que trabalha com o turismo no Brasil não tem treinamento específico para isso - camareiras, garçons, taxistas, recepcionistas - todas essas funções são PROFISSÕES que demandam cursos e treinamento para serem bem exercidas, puxa vida!

E não me venham falar que a vida moderna é muito estressante, o que, aliado aos baixos salários, justificaria o péssimo e displicente atendimento recebido (quem nunca ficou um tempão esperando num balcão para ser atendido enquanto os funcionários terminam de colocar a fofoca em dia e de tomar o cafezinho?) - é só tomar como exemplo o povo iraniano, conhecido no meio "viajante" como o mais hospitaleiro do mundo, que vive em clima de guerra, com temperaturas extremas, numa miséria desgraçada!

5) dificuldade de fugir do estereótipo samba/mulata/bunda/futebol/Amazônia e do turismo sexual - 

A coisa que mais incomoda o brasileiro que viaja para o exterior são os comentariozinhos e perguntinhas idiotas que a gente ouve lá fora. No exterior, o Brasil é sinônimo de samba, sexo e futebol, e isso não está muito longe da realidade do que o turista encontra aqui. 

Como fugir desse estereótipo quando, em plenos preparativos para um evento mundial de futebol, a Adidas vem e lança umas camisetas "comemorativas" nesse nível? 


6) no Brasil, pouquíssima gente fala uma segunda língua com fluência, e não há sinalização em outras línguas - 

Na Ásia, qualquer pessoa que se relacione minimamente com turistas falará inglês ou, no mínimo, entenderá razoavelmente a língua. Os taxistas, motoristas de riquixá, recepcionistas de albergues, garçons de restaurantes, e mesmo as pessoas nas ruas a quem você pedir informação certamente farão um esforço bem maior para se comunicar com você do que um brasileiro. 

Assistimos, em Búzios, uma cena ridícula de um israelense tentando pedir informações na famosa Rua das Pedras, enquanto nós jantávamos num restaurante. Ele tentou interceptar umas 6 pessoas (todos brasileiros), fazendo um mega esforço de mímica e usando umas palavrinhas em português, para perguntar onde fica não lembro mais o quê, e as pessoas fugiam dele como se estivessem fugindo de um ladrão!!! Chegava a ser engraçado! Se faziam de loucos, retardados, e nem paravam para tentar entender o cara, saíam correndo, parecendo um bando de idiotas!

Chegou ao ponto de o Peg se levantar e sair do restaurante para ir lá dar a informação pro tal israelense!

Mas, pior ainda, é a falta de sinalização de inglês nos lugares turísticos. Se a gente vai num museu, no Cairo, Egito, por exemplo, e não tem plaquinhas em inglês explicando as coisas, ficamos p. da vida; no Brasil, qual é o museu que tem informações em outras línguas? Raro, né?

no interior do Laos, a preocupação em traduzir a informação para o inglês

7) falta de um bom atendimento na área de saúde -

As pessoas frequentemente me escrevem perguntando se eu não tenho medo de viajar com o Felipe para lugares onde o atendimento na área de saúde é precário, como a Índia, por exemplo. 

Mas o que dizer da saúde no Brasil??? Você tem ilusão que, se passar mal em Porto de Galinhas, Jericoacoara ou Canela, terá um bom atendimento? Você tem um plano de saúde com abrangência nacional?

Quando o Lipe cortou o dedo nos confins da Indonésia, escrevi um post em que expressava toda a boa impressão que eu fiquei do atendimento médico que ele recebeu, e terminava concluindo que, se fosse em Jaguarão, cidade onde eu moro, ele dificilmente teria sido tão bem atendido como foi em Gili Trawagan. Veja aqui

8) falta de segurança - 

Eu já falei que a falta de segurança inibe as viagens de motorhome no Brasil. Mas a questão é bem maior que isso, né? 

A insegurança que se tem no país inibe tanto o turista estrangeiro quanto o nacional. Aqui em casa mesmo, houve um grande debate sobre se deveríamos ou não levar o Lipe para o Rio de Janeiro. Os cariocas podem estar acostumados com as notícias de balas perdidas, mas eu ainda me apavoro com essa possibilidade. 

Acho bem mais seguro fazer turismo no Kosovo ou na Sérvia, para onde vamos em maio, do que no Rio de Janeiro, e isso nos entristece :-(

Me dá até vontade de rir quando as pessoas indagam se não temos "medo" de viajar para Sarajevo, Bósnia. Já escrevi em outra ocasião e repito: se há um lugar em que os turistas podem ter medo, é justamente aqui. 

No Brasil, a taxa de homicídios é de 27 a cada 100 mil habitantes (considerada como endemia pela OMS!). Morrem assassinadas, no Brasil, a cada ano, mais pessoas do que morriam na guerra do Vietnam. Vivemos uma guerra civil em nosso próprio país - não espanta que o brasileiro queira fugir daqui com a sua família nas férias, não é???

E vejam - não quero glorificar os EUA ou a Europa, até porque recentemente temos ouvido muitas notícias de bedbugs e de furtos até em Orlando, por exemplo - mas a questão é: qual foi a última vez que você ouviu falar de um turista sendo assaltado à mão armada nos EUA? Crimes violentos continuam sendo raros por lá, enquanto que aqui, são comuns até em cidades com 30 mil habitantes!

na Ásia, a preocupação ainda é com o batedor de carteira, 
e não se houve falar em crimes violentos

Uma coisa que eu aprendi viajando pela Ásia é justamente que pobreza (ou miséria) não se confunde com violência. Em Mumbai, na Índia, por exemplo, um dos lugares mais miseráveis do mundo, não há violência. A gente caminha pelas ruas na maior tranquilidade, com a certeza de que nada de mal nos acontecerá. 

Não é por nada que há TANTO turista estrangeiro viajando pela Índia!!!

Esse é outro daqueles casos que é só uma extensão de um problema nacional crônico, mas que afeta seriamente também o turismo no país (assim como o problema do precário atendimento na área de saúde). 

9) péssimo sistema de transporte coletivo urbano (e interurbano também) - 

Tive uma surpresa bem agradável na chegada ao aeroporto de Porto Alegre esta semana: um luxo chegar, pegar o aeromóvel e um trem (de graça!) e ir do aeroporto à rodoviária em menos de 10min!!! Coisa de primeiro mundo! Pena que alegria de brasileiro dura pouco e o trem já termina ali mesmo, no centro de PoA :-(

Há séculos que nós, gaúchos, ouvimos promessas de um metrô na capital, ou do tal aeromóvel - alguns até acreditaram que, sendo sede da Copa do Mundo, as tais promessas se concretizariam, mas nada saiu do papel...

 o aeromóvel de Porto Alegre

Eu tento me colocar na situação de um turista que chega na cidade - as opções são péssimas! A mesma coisa quando se chega a Guarulhos, SP: é a certeza de morrer em R$ 90,00 num táxi até o centro da cidade! E isso em São Paulo, onde me surpreendi positivamente com o sistema de metrô, que achei eficiente, limpo e até seguro (pegamos um metrô tarde da noite, na saída do teatro!) - mas, para o turista, nada!

Dá uma inveja do sky train de Bangkok, onde parece que você está na Suécia (você só percebe a diferença quando sai do trem e sente o bafão dos 40 graus tailandeses na sua cara) - coisa de primeiríssimo mundo em plena Tailândia, com a vantagem dos preços asiáticos, sempre bem mais camaradas. Isso para não falar do maglev chinês em Shanghai, trem de alta velocidade que nos leva até o aeroporto a 431Km/hora - melhor nem lembrar, mesmo, para não entrar em estado de depressão profunda.

o sky train de Bangkok

10) sinalização turística deficiente (ou inexistente) - 

Já falei no item 6 da ausência de sinalização em outras línguas, isso para os estrangeiros que viajam pelo Brasil. Mas também quero lembrar da falta de sinalização turística mesmo em português. 

Você chega na Europa e qualquer cidadezinha de poucos 1000 habitantes é toda sinalizadinha, bonitinha, com plaquinhas indicando as atrações turísticas do local. Aqui no Brasil, bobeia, nem o Pão de Açúcar é bem identificado! 

Quero ressaltar e excepcionar, aqui, os exemplos que nós vimos em Bonito e em Foz do Iguaçu, cidades brasileiras que já despertaram o seu potencial turístico e que são super bem sinalizadas para o viajante. 



Na Nova Zelândia, em cada início de trilha, havia uma placa dando todas as informações sobre aquela trilha, o que também acontece nos Estados Unidos, no Canadá, na Austrália...o Brasil é um país que tem um enorme potencial turístico nessa área (de trilhas e aventura), e é uma vergonha a sinalização, como nós comprovamos em várias pequenas trilhas que fizemos no Estado do Rio, perto de Paraty e em Ilha Grande. 

Por serem locais bem "turísticos", já se percebe algumas tentativas nesse sentido, mas falta muiiiiiiiito para chegar lá...


11) fraca informação para o turista - 

Inevitável, novamente, trazer os exemplos da Nova Zelândia e dos EUA, onde os mapas, guias, folhetos turísticos e centros de informações abundam. 

A quantidade de coupons de descontos chega a dar nojo. 

E os guias de campings, com fotos coloridas e mais de 500 páginas, detalhando todos os campings do país, tudo absolutamente GRATUITO? Eles certamente já entenderam que o turismo compensa, coisa que os brasileiros ainda estão há milhares de anos-luz de perceber...


livrinho de cupons nos EUA

12) o problema da acessibilidade - 

Esse é um tópico que eu não gosto nem de lembrar, de tanta raiva que dá. 

Posso trazer de novo o melhor exemplo que eu já vi? Nova Zelândia, onde a acessibilidade é total. 

Não existe uma esquina sem rampa para cadeira de rodas (o que facilita a vida também de quem empurra um carrinho de criança). Não existe esquina sem sinal sonoro para deficientes visuais. As sinaleiras têm sensores que detectam se existem veículos esperando abrir o sinal. 

Fiquei assombrada com o respeito que eles têm com as pessoas que têm problemas de acessibilidade. E envergonhada da nossa situação aqui. 

13) o problema ambiental e a falta de educação do brasileiro no que diz respeito ao lixo e à limpeza - 

A gente viaja para o exterior, e não se vê sujeira, nem um único toco de cigarro, jogado na rua. Os banheiros públicos dá vontade de lamber, de tão limpos. A preservação do meio ambiente é levada tão a sério que chegam a cobrar pelo consumo de água do chuveiro nos campings

Não passamos por 2 quadras sem que tenha diversas lixeiras, todas com informações sobre como reciclar seu lixo. Já em Jaguarão, onde eu moro, num dos dias de carnaval, eu caminhei 8 quadras com uma latinha de refrigerante vazia na mão, procurando por uma lixeira, na avenida principal da cidade! Simplesmente não existem lixeiras!!!!

as invejáveis lixeiras neozelandesas

Não precisa nem ir longe: em Punta de Este, no Uruguai, onde a gente veraneia, não se vê brasileiros deixando sujeira na praia. 

Mas, nas praias e cidades brasileiras...que nojo! Banheiro público não dá pra usar, as praias cheias de lixo, tocos de cigarro por todos os lados e, como se não bastasse, as pessoas ainda jogam sujeira pela janela do carro, como se estivessem vivendo ainda na década de 70 :-(

Encontramos uma vez um brasileiro que havia sido flagrado pelos policiais jogando um toco de cigarro no chão num mercado de Bangkok, na Tailândia. A multa, aplicada in loco: juntar 100 tocos de cigarro do chão. Ele estava p. da vida kkkkkkkk, mas eu achei a ideia excelente!

14) a falta de ciclovias nas cidades brasileiras - 

Prometo que é a última vez que eu falo do exemplo neozelandês: lá, tem até demais! Chegava a dar um nervoso na sedentária aqui. 

O governo estimula demais o esporte, um estilo de vida saudável, um meio de transporte não poluente, que desestressa as pessoas. Existem ciclovias nas cidades inteiras, e FORA delas também! É, isso mesmo, paralelas às rodovias, existem ciclovias, ligando uma cidade à outra. De dar nojo tanto desenvolvimento!

15) subaproveitamento do potencial turístico do país - 

Isso é uma coisa que me incomoda não é de hoje. Desde que eu tinha 17 anos e fiz minha primeira grande viagem ao redor dos Estados Unidos, já fiquei impressionada de ver como os norte-americanos sabem aproveitar o potencial turístico que eles têm! Onde tiver um buraquinho no chão haverá uma placa explicando que aquilo ali é uma falha geológica, e bla, bla, bla...

Aqui no Brasil, nós temos uma natureza exuberante, lugares incríveis, e ninguém conhece, ninguém explora (com sustentabilidade, é claro!) as possibilidades turísticas que o país oferece. Dá vontade de chorar!

16) internet wifi - 

As conexões de internet wifi no Brasil ainda são raras e lennnnnnnnntas. Temos uma das conexões mais caras do mundo e, pelo jeito, mais inoperantes também! Para não falar da telefonia celular... 

17) preços abusivos - 

O Brasil está muito caro. Viajar pelo Brasil é infinitamente mais caro do que ir para o exterior. Os hotéis, restaurantes e passeios, aqui, são absurdamente caros quando comparados com os preços praticados no exterior. 

Alguém ainda se admira que os brasileiros só queiram viajar para os EUA? Tu vais no restaurante Outback, em Porto Alegre, pagas R$ 200,00; vais no mesmo restaurante Outback em San Diego, Califórnia, pagas U$ 40. Aí não dá, né??? Nas compras em geral, é melhor nem falar...

Na Capadócia, nós pãoduriamos e não quisemos pagar U$ 200 que custava, na época, o passeio de balão. Em Bonito, semana passada, para podermos descer o Abismo Anhumas, tivemos que desembolsar R$ 1.150,00 (casal) - se quiséssemos mergulhar com cilindro lá, o preço subiria para astronômicos R$ 1.700,00 - dá para imaginar pagar R$ 1.700,00 por um  único passeio????

Nos aeroportos, então, não dá para tomar nem água - é um assalto!

você acha razoável pagar R$ 10,00 por um cafezinho e um pãozinho de queijo?

Em Luang Prabang, no Laos, a gente comia em restaurantes franceses com preços muito melhores que os dos botecos do Rio de Janeiro.

18) a situação dos aeroportos brasileiros - 

Não preciso me alongar, né? O principal aeroporto brasileiro, em Guarulhos, SP, essa semana mais parecia uma rodoviária de interior. 

E, nesse caso, não preciso nem comparar com EUA, NZ, Europa...se comparar com Cingapura, Kuala Lumpur, Nova Délhi ou Bangkok já dá pra morrer de vergonha...

Guarulhos, São Paulo, vergonha nacional

19) zonas de livre comércio/impostos abusivos - 

A imensa maioria dos brasileiros que viaja ao exterior, especialmente os que vão aos EUA, já vão mal intencionados, com uma mala extra vazia, prontinha pra voltar cheia de comprinhas! A verdade é que o brasileiro adora viajar para comprar! 

Não seria esperto se o governo brasileiro se concentrasse em reter esse dinheirão todo que os brasileiros gastam em compras lá fora aqui dentro? + a dinheirama que o brasileiro gasta lá fora fazendo turismo??? Fácil: basta tornar os preços das mercadorias tão competitivos aqui dentro quanto são lá fora!

Tramita há ANOS no Congresso Nacional um projeto de lei que busca criar free shops nas cidades de fronteira gaúchas. E é um atraso de vida que isso já não tenha se concretizado há muitos anos!!! 

Enquanto um tênis custar R$ 1.000,00 nas lojas dos shoppings brasileiros, e o mesmíssimo tênis custar U$ 100 nas lojas Footlocker de Nova York, ninguém tem dúvidas de onde é que o brasileiro vai comprar o tal tênis, né?

 comprando eletrônicos em Bangkok

nos outlets americanos

20) falta de estilo/gosto musical e decoração charmosa -  

Uma coisa que nos impressionou negativamente na Ilha Grande, e eu inclusive já comentei em outro post, foi o quanto os brasileiros ainda não aprenderam a tornar seus estabelecimentos aconchegantes. 

A gente viaja pela Ásia e lá qualquer biboquinha é mais aconchegante do que aqui. Eles usam colchonetes, almofadas, iluminação, velas, incensos, sonzinho lounge, enfim, coisas simples que tornam o ambiente cozy

Já aqui no Brasil, embora estivéssemos num lugar altamente turístico, nota-se que ainda não existe essa preocupação, e os proprietários dos bares insistem em mesas e cadeiras de plástico de marcas de cerveja!

E ainda a questão do péssimo gosto musical do brasileiro em geral kkkkk - morando em Hamburgo, na Alemanha, eu lembro de escutar bossa nova brasileira de altíssima qualidade nos bares alemães; aqui no Brasil, é "Lepo-Lepo", de matar o turista!

21) despreparo generalizado para atender famílias - 

No Brasil, às vezes, temos a impressão que, quem trabalha com o turismo, tem aversão às famílias com crianças. Normal que existam hotéis ou mesmo restaurantes adults only - não curto, mas ok, cada um sabe onde se enfia. 

Mas é incrível a dificuldade de se encontrar, nos destinos turísticos brasileiros, quartos quádruplos, pracinhas, banheiros masculinos com trocadores, bercinhos e cadeirões para bebês nos hotéis, menu kids nos restaurantes e outras utilidades para quem viaja em família! 

menu kids em restaurante de Bonito

Parece até que os hotéis e restaurantes preferem perder o cliente do que atender às necessidades de uma família com crianças!   

E, para não dizerem que eu só falo de países ricos, neste caso vou dar os ótimos exemplos dos nossos vizinhos Uruguai e Argentina, onde está ficando cada vez mais comum encontrar pracinhas e banheiros com trocadores em restaurantes, coisa ainda rara aqui pelo Brasil!

 loja na Nova Zelândia - enquanto os pais gastam, as crianças se distraem no espaço kids

 pracinha na Nova Zelândia - piso emborrachado e brinquedos super novos - não existe ferrugem

 até no Uruguai os restaurantes já começam a vir com folhas de atividades para as crianças!

 restaurante child friendly em Colônia do Sacramento, Uruguai

 banheiro unissex com baby changer no Uruguai

restaurante com espaço kids em El Calafate, na Argentina

pracinha na frente do Aeroparque (aeroporto doméstico no centro de Buenos Aires), onde as crianças podem gastar as energias para encarar o próximo voo!!! 

Desculpe se eu não fui mais específica ao tratar de "famílias" - é que, honestamente, eu não vejo grandes diferenças em viajar com ou sem crianças - as mudanças são necessárias, sim, para que os brasileiros, em geral, com ou sem filhos, queiram viajar mais pelo seu próprio país, que é bonito, é bonito e é bonito!

Eu prometi para mim mesma que pararia no 20, mas não aguentei e tive que acrescentar o 21! Se deixasse, eu chegava fácil aos 30! Agora chega, é a sua vez - você concorda? Discorda? Quais são as mudanças que você considera necessárias no Brasil para que as famílias passem a viajar mais pelo nosso país? Comente, dê a sua opinião, queremos ouvir você!

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Veja as outras blogagens coletivas que nós já promovemos aqui:

1) a primeira viagem do pequeno viajante

2) perrengues das nossas viagens em família

3) as viagens da nossa infância

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#queremosviajarpeloBrasil


Leia nos outros blogs que participaram da quarta edição da nossa blogagem coletiva as ideias que o pessoal trouxe para que as famílias possam viajar mais e melhor pelo Brasil (ótima leitura!!!) - 

Adriana Pasello - Diário de Viagem

Claudia Boemmels - Brasileiros mundo afora

Flávia Peixoto - Viajar é tudo de bom!


Erica Piros Kovacs - Viagem com Gêmeos

Andreza Trivillin - Andreza Dica e Indica Disney

Thyl Guerra - Viajando com Palavras

Eder Rezende - Quatro Cantos do Mundo

Ana Luiza Fragoso - Oxente Menina

Adelia Lundberg - Paris des Petits

Débora Galizia - Viajando em Família

Márcia Tanikawa - Os Caminhantes Ogrotur

Karen Schubert Reimer - As Aventuras da Ellerim Viajante

Thiago Cesar Busarello - Vida de Turista

Regeane Nicaretta - Dicas da Rege

Debora Godoy Segnini - Gosto e Pronto

Claudia Bins - Mosaicos do Sul














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Claudia Rodrigues Pegoraro

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28 comentários:

  1. Claudia, sou sua fã e concordo em quase tudo. Só uma dica: não sei se aí no RS tem, mas aqui em Curitiba tem uma marca de leite chamada Castrolanda que vende o leite em porções de 200 ml na embalagem tetrapak. Boas viagens!!!

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    1. Pois é, Giovanna, aqui no sul não tem, e é tão difícil de encontrar por aí...é uma maravilha para quem viaja com bebê, né???

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  2. Claudia,
    Acabamos de voltar de uma viagem pela Ásia com voo via EUA...
    Aí a depressão foi maior. Ásia e EUA juntos...

    Conheço bastante o Brasil, mas ainda tenho alguns lugares na minha lista. A Amazônia por exemplo é tão cara que ainda não tive coragem de conhecer... E já conheço outras 4 das 7 maravilhas naturais pelo mundo e não conheço a Amazônia...

    Cada aeroporto que viajamos é inevitável a comparação... Até no aeroporto do camboja a gente comparou e ficou em depressão com o nosso GRU...
    Estradas? Ahhhhhhhhh, nem gosto de comparar. Nem me importaria de pagar pedágios como é na Europa se as estradas fossem boas...

    E a internet 3G? Sai do desembarque no camboja e havia 3 stands de cias de telefonia vendendo seus chips... O preço? 3 usd para 2 GB De internet... Camboja, ta? Pais pobre! Fiquei indignada!

    Na tailandia, comprei meu chip numa loja da Seven Eleven, com uma ladyboy que não falava nada de inglês, mas conseguiu me atender, cortou o chip para o meu iPhone e ainda trocou o idioma do SMS da operadora para o inglês... 2GB por 8 usd e sem falar nada de inglês! Boa vontade é tudo!

    Nem vou me alongar com outros exemplos... Nossa vontade é de sair correndo desse pais! E é um pais tão lindo....����������

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    1. Renata, eu tb não conheço a Amazônia - é uma vergonha, né?!?
      Tu vê que até o Camboja está melhorando rapidamente! Eu fui lá em 2004 e a coisa ainda era bem roots - mas pelo que tu conta já melhorou muito! Só o Brasil que não melhora :-(

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  3. Tenho duas depressões quando volto de viagem:
    Uma por que a viagem acabou e outra pq to voltando para o Brasil....

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  4. Viajo muito pouco para o exterior e muito pelo Brasil. Não tenho como validar as comparações, mas entendo que a raiz do problema é a mesma para todos os outros problemas do país: falta de investimentos a longo prazo em educação. Porque acredito que são os cidadãos educados e cultos que terão o entendimento necessário pra melhorar as estradas, entender a importância de tratar bem um turista, ter atitudes diárias e firmes contra corrupção, etc. E mesmo com todos os problemas citados, adoro conhecer cada cantinho do Brasil, sejam locais que estão na mídia ou não, aprendendo sobre as diferenças e alegrando os olhos com as belezas.
    Abraços
    Eliana Nolasco

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    1. Mas parece que cidadãos educados e cultos não interessam aos governos, né Eliana?!?

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  5. Oi Claudia,
    Puxa menina!! 21 itens foram ótimos!!!
    Acredito que as grandes reclamações são bastante semelhantes à todas as blogagens coletivas, mas achei ótimas as suas colocações sobre a zona de livre comércio e da área dos motorhome, experiências de vocês que seria uma ótima idéia!!
    E realmente, concordo em gênero, número e grau: sabe que de vez em sempre prefiro ser confundida com chinesa ou japonesa quando estamos fora do Brasil, ODEIO quando digo que sou brasileira então vêm as perguntas idiotas sobre futebol, praia e agora a Copa???
    E também aquele sentimento indiscritível que todas estamos falando em querer sair do país...
    Ainda acredito também como o comentário acima que somente a educação pode salvar um dia este país, talvez nossos filhos (não, eles estarão fora daqui...) ou netos....
    Um grande abraço!
    Marcia

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    1. É verdade, Marcia - no final, as nossas reclamações são as mesmas :-(
      Já comentei lá no teu post - fiquei feliz em saber que vocês também acham as trilhas muito mal sinalizadas por aqui - pelo menos não sou só eu a chata descontente! ;-)

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  6. Excelente Claudia. Quando começamos a ler o que você escreve não conseguimos mais parar. Abraços! Karen

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    1. Obrigada, Karen! Não sei como vocês aguentam ler, pq quando eu começo a escrever, me empolgo e pra parar é uma luta! :-)

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  7. Claudia,

    Concordo com tudo, até com a vontade de ir embora!

    Bjs,
    Fran @ViagensqueSonhamos

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    1. Ultimamente tenho pensado tanto nisso, Fran... :-(
      Ainda bem que a minha profissão não me permite, senão ia viver nesse dilema!

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  8. Como sempre, um post MARAVILHOSO, Cláudia. Nem preciso repetir que sou sua fã, né? kkk Englobou tudo e, com a experiência incrível de viagem de vcs, nos deu uma visão muito boa e ampla, comparando não apenas com países ricos. Copiando o comentário acima da Renata Bomilcar que adorei: "Tenho duas depressões quando volto de viagem: Uma por que a viagem acabou e outra pq to voltando para o Brasil...." É exatamente como me sinto.
    Bjs
    Thyl

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    1. Brigadu Thyl! Vou lá ler teu post agora mesmo que ainda não consegui ler todos! :-)

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  9. Achei super bacana a forma ampla com a qual você abordou o assunto Cláudia! Puxa, sabe que nunca ganhei um mimo de um destino. Preciso copiar os seus roteiros... rs
    Sobre a simpatia do brasileiro, na minha visão a coisa vai mais para o pouco treinamento que depende da visão do empresário passa do negócio para a equipe. Acho que não caiu a ficha do país tropical do quanto poderíamos ganhar de dinheiro em cima do turismo.

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    1. Adriana, vocês PRECISAM conhecer a Nova Zelândia! Eu sei que tu andas sonhando com a Austrália, mas achei a NZ 10x mais legal! E linda!!!

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  10. Ah, esqueci de dizer que apesar de tudo, nós ainda #queremosviajarpeloBrasil !!

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  11. Realmente Cláudia...e ainda (talvez no aspecto da acessibilidade?) a falta de conhecimento, estrutura e responsabilidade dos restaurantes/hotéis brasileiros no que se refere ao atendimento de pessoas com restrições/ alergias alimentares. A desinformação e o desrespeito é enorme. Uma restrição alimentar aqui é tratada com total descaso, muitas vezes é considerada frescura pela estética. Famílias com alérgicos alimentares aqui, viajam com a cara a coragem e alugando apartamentos. Alimentar-se em hotéis e restaurantes, em geral, não é seguro!

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    1. Eu nunca tinha pensado nesse aspecto, porque ninguém da minha família tem esse problema...às vezes é necessário que alguém próximo da gente enfrente o problema para a gente percebê-lo, né?

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  12. Oi, pessoal!
    Concordo com TODOS os pontos levantados, principalmente com a questão da internet wi-fi péssima e os preços abusivos!
    Agora, o ponto 20, da falta de gosto/estilo musical, eu AMEI!!!! KKKKKK!!!! É a pura verdade... KKKKKK!!!!
    Abraços!!!

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    1. Ainda bem que alguém concordou comigo kkkkkkk achei que eu era a única metida/chata a abominar isso!

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  13. Cláudia, teu post deveria ir parar nas mãos do ministério do turismo, praticamente um manual de como um país deve se preparar para receber famílias.

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  14. Nada como termos experiências de viagens e poder comparar. Tbm acho um absurdo as refeições feitas nos aeroportos. Isso precisa mudar. Abç

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  15. Realmente, os preços abusivos é uma coisa que afasta a todos. Foi interessante você citar Bonito porque eu e meu marido estávamos vendo para conhecer por lá. Quando fizemos as contas, desistimos. Os passeios são todos absurdamente caros (e olha que são tabelados) e com o que íamos gastar lá em 5 dias, podemos passar 15 dias esquiando no Chile. Abç Maria

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    1. É uma pena, né Maria? Isso é bem a expressão "proibitivo", os preços no Brasil são literalmente proibitivos :(

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  16. Meu homem me largou uma semana atrás depois que eu o acusei de ver outra pessoa e insultá-lo. Eu quero ele de volta na minha vida, mas ele se recusa a ter qualquer contato comigo. Eu estava tão confusa e não sei o que fazer, então eu busco ajuda na Internet e vi um testemunho de como um lançador de feitiços ajuda as pessoas a recuperar seu homem, então eu entro em contato com o lançador de feitiços e explico meu problema para ele e ele lançou um feitiço para mim e me garantiu 24 horas que meu homem retornaria para mim e para minha maior surpresa no terceiro dia em que meu homem bateu à minha porta e pediu perdão. Estou tão feliz que meu amor está de volta e não apenas isso, estamos prestes a nos casar. Mais uma vez obrigado, doutor Azaka. Você é um grande e talentoso lançador de feitiços. Email: Azakaspelltemple4@gmail.com whatsapp em +1(315)316-1521

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