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O carrinho de bebê mais guerreiro que já conhecemos

O carrinho de bebê mais guerreiro que já conhecemos, que fez uma volta ao mundo conosco
Londres, Inglaterra, em dia de casamento real

a primeira quebra, em Nizhny Novgorod, às margens do Rio Volga, no meio da Rússia

Poucos dias antes de embarcarmos para a nossa viagem de "volta ao mundo" em 5 meses, percebemos que o carrinho do pequeno viajante não estava lá essas coisas, e resolvemos que ele merecia um carrinho novo para a nossa grande aventura.

Não dava para já sair de casa com as rodas carecas, né?!

o carrinho guerreiro andou pela Praça da Paz Celestial, em Beijing, na China

foi nosso parceiro em Agra, na Índia, numa visita ao Taj Mahal

Foi difícil encontrar um carrinho que a gente considerasse perfeito para a jornada.

Em primeiro lugar, tinha que ser pequeno e leve, sem muitos adereços e aquelas rodinhas enormes - aquilo que se chama carrinho "guarda-chuva".

Depois, tinha que ser confortável para o Lipe, apesar de não ser todo acolchoado e tal, e tinha que ter um encosto reclinável e uma aba para o sol.

Por último, tinha que ser forte, muito forte, para aguentar o tranco e o peso morto do Felipe e mais todas as nossas tralhas penduradas por cima dele durante o percurso de 5 meses pelo mundo.

Era quase missão impossível!

Pois acabamos encontrando este, da 'Bebesit', que foi o mais guerreiro de todos os carrinhos que o pequeno viajante já teve, e olha que ele já teve vários...

O carrinho azul participou dos nossos passeios pela Londres do casamento real, andou pelos calçamentos de pedra da cidade velha de Tallin, na Estônia, pegou mais de 20 vôos, andou nos bagageiros de muitos ônibus pela Ásia, atravessou a Rússia conosco pela ferrovia transiberiana, cruzando a Mongólia e a China sob o peso do nosso gordo, tomou muito banho de chuva nas monções do Nepal e da Índia, carregou as nossas mochilas em Amsterdam (aliás, não foram poucas as vezes em que o Felipe ia caminhando e o carrinho fazia as vezes de carregador de mochilas)...

A primeira quebra ocorreu em Nizhny Novgorod, no meio da Rússia, com menos de um mês de viagem.

Bateu aquele pavor: e agora, o que fazemos???

Sabe aqueles lugares onde tu não tens nenhuma idéia de onde encontrar um carrinho para comprar?

Pois foi exatamente um daqueles momentos em que o anjinho da guarda do Lipe estava de plantão - logo encontramos uma lojinha onde compramos meia dúzia de parafusos e porcas, o Peg trocou o parafuso quebrado e fomos em frente como se nada tivesse acontecido.

Depois disso, quebramos mais uns 10 (lembro da gente trocando parafusos em Varanasi, na Índia, Bangkok, na Tailândia, Vang Vieng, no Laos, Lisboa,...) - eu já carregava os parafusos extras na minha bolsa junto com a máquina fotográfica, as rodinhas ficaram completamente carecas e as curvas, cada vez mais difíceis, a aba contra o sol quebrou, e muitos foram os rasgos.

nosso parceirão (o carrinho, hehe) dentro de um tuc tuc tailandês, em meio ao trânsito de Bangkok

Em alguns lugares chiques, dava até vergonha de circular com aquele carrinho podre.

A gente lavava ele de vez em quando dentro do chuveiro, de escovinha.

Quando estávamos na Rússia, a gente apostava que ele não sobreviveria até a China; quando fomos embora de Beijing, juramos que em Bangkok a gente comprava um carrinho novo; e quando embarcamos para a Indonésia, fomos rezando que o bendito durasse pelo menos até voltarmos a Londres.

Em resumo: o carrinho mais guerreiro que já conhecemos voltou até Porto Alegre conosco, onde o colocamos na 1ª lixeira que encontramos.






os estragos

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Claudia Rodrigues Pegoraro

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2 comentários:

  1. O blog de vocês é simplesmente maravilhoso! Que experiência de vida ímpar vocês estão proporcionando para o Felipe! Não tem nada melhor do que viajar! Estou seguindo vocês!
    Beijos!
    Paula
    http://closetdosbaixinhos.blogspot.com/

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  2. Bah Claudia, que carrinho viajado! Muito legal fazer uma viagem assim com o pequeno a tira colo. Abraço!

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